Qual a influência da capoeira na cultura brasileira: entenda o esporte

Quer conhecer um pouco mais sobre a história da capoeira? Se liga no que trouxemos para você! Entenda sobre a influência da capoeira na cultura brasileira, aprofundando-se um pouco mais no termo “cultura afro-brasileira”, o porquê de os africanos terem vindo para o Brasil Colônia e qual o significado da palavra “capoeira”.

qual a influência da capoeira na cultura brasileira

Você sabe o que significa a cultura afro-brasileira?

O termo de “cultura afro-brasileira” tem como significado algo que é originário do Brasil, mas que apresenta forte influência africana. Isto é, um conjunto de manifestações culturais que tiverem, de algum modo, uma influência da cultura africana desde o período do Brasil Colônia – entre os séculos XVI e XIX – até os dias atuais.

Porém, a cultura africana também sofreu grandes influências de outras culturas, como a europeia e a indígena, no Brasil. Então, podemos dizer que as referências culturais da África também estão mescladas com aspectos culturais europeus – principalmente portugueses – e de comunidades indígenas já existentes no país.

Por que os africanos vieram para o Brasil?

Por volta dos anos 1500, milhares de africanos foram trazidos a força para o Brasil para serem escravizados. Ao longo dos anos, os escravos africanos foram deixando as suas marcas na cultura brasileira – entre elas, podemos citar a capoeira.

Esse movimento é reconhecido como a diáspora africana, onde o povo deixou para trás toda a sua história, as suas religiosidade e os seus costumes. Os povos naturais de – hoje conhecido como – Angola, Senegal, Nigéria, Moçambique, entre outros, foram forçados a se deslocarem para outros países do continente Americano através de navios negreiros, incluindo o Brasil como um dos seus destinos.

Mas afinal, qual a influência da capoeira na cultura brasileira?

Não podemos negar que as principais referências brasileiras no mundo são o futebol e a música. Entretanto, o que poucas pessoas sabem é que, em ambas as atividades, a capoeira está presente em suas raízes.

O futebol era praticado, inicialmente, apenas pelas pessoas brancas e de elite. Durante a Era Vargas, o ex-presidente ajudou a impulsionar o esporte no país – com a construção do Maracanã e com a Copa do Mundo do Brasil, em 1950, por exemplo. A vitória no Mundial, em 1958, onde o time, que era comandado pelos jogadores negros Didi, Pelé, Garrincha e o capitão Bellini, fez com que o futebol fosse expandido para o resto do mundo.

Garrincha era praticante de capoeira e o próprio esporte atual tem várias semelhanças com a luta afro-brasileira. Em ambos os desportos, você precisa enganar o seu adversário com a sua ação – ou golpe. Os jogadores, assim como os capoeiristas, gostam de se benzer .

De certa forma, conforme a sua crença – antes de entrarem em campo. Os apelidos dos capoeiristas também são vistos dentro dos campos. Além disso, muitas gírias da capoeira são utilizadas no futebol, como “drible”, “cama-de-gato” e a “rasteira”, por exemplo.

O ex-presidente do Conselho Nacional de Desportos, João Lyra Filho, assume que a capoeira é a precursora do futebol brasileiro, “entre malabarismos e tessituras que parecer peculiares aos mulatos” – como ele mesmo sugere.

Já na música, acredita-se que o “samba de Recôncavo baiano” surgiu nas rodas de capoeira. Junto com as cantorias que acompanhavam a luta, a capoeira ajudou a consolidar o tronco musical brasileiro que foram precursores para o samba e o coco.

Qual a influência da capoeira na cultura brasileira: entenda o significado da palavra capoeira

Capoeira significa “o que foi mata” – do tupi “ka’a”, de mato, e “pûera”, de que se foi. Há controversias sobre o porquê da utilização desse termo, mas acredita-se em uma forte relação da vegetação em torno das fazendas com a fuga dos escravos africanos – é provável que eles conseguiam escapar e se esconder nas áreas de mata rasteira, geralmente de agricultura indígena.

De qualquer forma, entre as primeiras referências da luta afro-brasileira, podemos comentar sobre os relatos dos soldados portugueses, os quais diziam ser preciso mais de um soldado para capturar um negro desarmado, porque eles conseguiam se defender se esquivando a dando pontapés.